• Brasil  •  08/03/2025  •  6 meses atrás

VIOLÊNCIA DE GÊNERO

Violência com arma de fogo contra mulheres no Brasil cresceu 42% em um período de três anos

Dados mostram crescimento de casos de agressões e feminicídios, com destaque para as regiões Norte e Nordeste

Violência com arma de fogo contra mulheres no Brasil cresceu 42% em um período de três anos

O Brasil enfrenta um cenário alarmante de crescimento da violência armada contra mulheres. Em 2023, foram registradas 4.395 notificações de mulheres feridas por armas de fogo que sobreviveram aos ataques, o segundo maior número desde 2014, ficando atrás apenas de 2017, quando ocorreram 4.498 casos. Desde 2020, quando foram registrados 3.104 casos, o menor número desde o início da pandemia, a tendência de aumento tem sido constante.

Regiões mais afetadas

As regiões Norte e Nordeste lideram o crescimento dos casos, com um aumento de 29% no período analisado. O Sudeste também apresentou um crescimento significativo, de 23%. Esses dados evidenciam uma crise de segurança que atinge mulheres em todo o país, especialmente nas áreas mais vulneráveis.

Feminicídios em ascensão

Além da violência armada não letal, o Brasil também registra um aumento nos casos de feminicídio. Em 2023, foram 3.946 feminicídios, um aumento de 4% em relação aos 3.788 casos de 2022. Este é o maior número desde 2018, quando 4.512 mulheres foram assassinadas.

A maioria das vítimas são mulheres pardas, representando 64,5% dos casos, seguidas por mulheres brancas (26,6%) e pretas (7,4%). O grupo etário mais afetado é o de 20 a 29 anos, com 33,5% das vítimas, seguido por mulheres de 30 a 39 anos, que correspondem a 25,4%.

A maioria dos feminicídios ocorre em ruas ou estradas (40%), enquanto 28% acontecem em residências. Este último dado é particularmente preocupante, pois houve um aumento gradual das mortes em residências desde 2014, quando eram 19%.

Medidas para reduzir a violência

Para enfrentar o aumento da violência armada e dos feminicídios, especialistas defendem a implementação de políticas públicas que promovam o controle de armas e a proteção das mulheres. A revisão das leis de posse de armas e o fortalecimento das políticas de segurança pública são passos fundamentais.

Além disso, é crucial investir em campanhas de conscientização e educação para prevenir a violência de gênero. O fortalecimento das redes de apoio às vítimas, como abrigos e serviços de atendimento psicológico e jurídico, também é vital para oferecer suporte às mulheres em situação de risco.


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