Saída de Barroso do STF volta ao radar e já abre disputa por vaga no governo Lula

Da Redação

A possibilidade de uma aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF) voltou a agitar os bastidores de Brasília. Descontente com a polarização e o que chama de "crise de civilidade", o atual presidente da Corte estaria cogitando deixar o cargo após o fim de seu mandato na presidência, em setembro. A eventual saída abriria uma nova e cobiçada vaga no tribunal a ser indicada pelo presidente Lula.

Os Motivos: da "Crise de Civilidade" às Sanções dos EUA

Fontes próximas ao ministro relatam que a ideia de não permanecer no cargo até a idade compulsória de 75 anos é antiga, mas ganhou força nos últimos meses. O sentimento de Barroso é de que já cumpriu sua missão como magistrado e que agora seria o momento de se afastar da vida pública.

A recente crise diplomática com os Estados Unidos também pesa na decisão. Barroso, que tem uma forte relação acadêmica com o país, estaria entre os ministros que tiveram o visto americano cancelado pelo governo Trump, que o considera um "aliado" de Alexandre de Moraes. O sentimento, segundo interlocutores, é de que ele foi punido "por tabela".

Nova Vaga para Lula e os Nomes Cotados

Embora a decisão ainda não esteja tomada, a simples possibilidade de uma nova vaga no STF já movimenta o governo. Uma aposentadoria de Barroso ainda em 2025 daria ao presidente Lula a oportunidade de fazer mais uma indicação para a Corte antes do fim de seu atual mandato.

Nos bastidores, dois nomes já são apontados como os mais fortes para a eventual sucessão: o atual advogado-geral da União, Jorge Messias, e a presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elizabeth Rocha.

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