CIDADANIA E EDUCAÇÃO
Projeto do TJMT capacita professores para combater violência contra a mulher nas escolas
A iniciativa “A escola ensina, a mulher agradece” visa preparar educadores para abordar a violência doméstica e familiar em sala de aula

Da Redação
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) promoveu um evento de capacitação para professores de Artes, História e Língua Portuguesa, como parte do projeto “A escola ensina, a mulher agradece: Aprender a respeitar transforma a sociedade”, da Cemulher-MT. O objetivo foi prepará-los para abordar a violência contra a mulher em sala de aula, com um olhar técnico e sensível. O evento reuniu educadores de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Cáceres, Barra do Garças e Sinop.
Em sua palestra sobre “Estatísticas e Interseccionalidade da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher”, o juiz Marcos Terêncio Agostinho Pires destacou que a violência de gênero nos lares exige estratégias que envolvam toda a sociedade. Somente em 2024, o estado registrou 47 feminicídios, com 27 casos no primeiro semestre de 2025. Segundo o magistrado, 78% desses crimes ocorreram dentro de casa.
“O que ocorre dentro de casa precisa ser enfrentado também dentro das escolas, pois elas afetam diretamente a dinâmica familiar. Precisamos ampliar o olhar e perceber que a criança pode ser um agente transformador, capaz de identificar e até interromper ciclos de violência”, afirmou o juiz.
A professora de língua portuguesa Neidinélia Candida Feitosa ressaltou a importância da capacitação. “Não somos especialistas, então, em casos de violência, essa parceria com certeza será de grande valia para nos ajudar a lidar com esse tipo de situação, nos tornar multiplicadores, além de nos auxiliar nas nossas práticas pedagógicas e na prevenção à violência doméstica e familiar”, disse.
Concurso Cultural
A juíza Tatyana Lopes de Araújo Borges conduziu a palestra de encerramento sobre "Como Elaborar a Produção Cultural sobre a Violência contra a Mulher". Ela falou sobre o concurso cultural, que incentivará a criação de redações, vídeos, músicas e poesias por alunos do ensino fundamental sobre o tema.
O professor de história Victor Bartolli Ribeiro, de Sinop, afirmou que a capacitação os deixou mais preparados para orientar os alunos. “É importante também para nós avaliarmos a questão da situação familiar dessas crianças. E sobre o concurso, a gente pode ter ideias para trazer essas discussões utilizando músicas, filmes e cartazes, todos os tipos de manifestações culturais”, avaliou.
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