Presos do 8/1 desafiam o STF e removem as tornozeleiras eletrônicas

Da Redação

A imposição do uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro pelo STF joga luz sobre um desafio contínuo para a Justiça: garantir que os condenados pelos atos de 8 de Janeiro cumpram suas medidas cautelares. Um levantamento mostra que vários réus já violaram a regra, com casos que vão desde a fuga do país até o desafio aberto às autoridades.

Fugas, Desafios Abertos e Prisões

A violação da tornozeleira se tornou uma tática recorrente entre os condenados pelos ataques de 2023. Alguns dos casos mais emblemáticos incluem:

• Paulo Augusto Bufarah: Rompeu o equipamento, fugiu para a Argentina e foi preso em junho deste ano ao retornar ao Brasil.

• Roque Saldanha: Publicou um vídeo em 2024 no qual quebrava a tornozeleira e ofendia o ministro Alexandre de Moraes. Foi preso um mês depois.

• Edith Christina Freire e Roberta Jersyka Soares: São consideradas foragidas desde que romperam seus equipamentos de monitoramento em 2024.

Falhas Técnicas ou Descumprimento?

Em outros casos, as defesas alegam problemas técnicos. O ex-comandante da PM do DF, Klepter Rosa Gonçalves, teve o monitoramento interrompido, mas seus advogados afirmaram que o aparelho estava apenas "carregando". A defesa de outro condenado, Vitório Campos da Silva, atribuiu as falhas no sinal à instabilidade da internet em sua residência.

A situação de Bolsonaro se insere neste contexto de desconfiança e fiscalização. Ele foi obrigado a usar o equipamento após a Polícia Federal apontar risco de fuga e uma suposta articulação com seu filho Eduardo Bolsonaro para usar as tarifas do governo Trump como forma de coagir o STF.

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