• Saúde  •  05/04/2025  •  4 semanas atrás
Prefeito Cláudio Ferreira, Garante Pagamentos em Dia à Santa Casa em Meio à Crise

SAÚDE PÚBLICA

Prefeito Cláudio Ferreira, Garante Pagamentos em Dia à Santa Casa em Meio à Crise

Declaração ocorre após paralisação de atendimentos eletivos por médicos do hospital

Em meio à recente crise enfrentada pela Santa Casa de Rondonópolis, marcada pela paralisação dos atendimentos eletivos por parte do corpo médico nesta semana, o prefeito de Rondonópolis, Cláudio Ferreira, veio a público nesta sexta-feira (4) para assegurar que a Prefeitura Municipal não possui débitos em atraso com a instituição hospitalar.

Pagamentos Rigorosamente em Dia:

O prefeito fez questão de enfatizar que a administração municipal mantém seus pagamentos e repasses à Santa Casa em dia. "Fazemos uma gestão que paga em dia, que honra os seus compromissos e tem responsabilidade!", declarou Ferreira. "Estamos com os pagamentos rigorosamente em dias com a Santa Casa. Não devemos nada ao hospital. Fazemos questão de pagar em dia, conforme os contratos pactuados", reforçou o gestor.

Defesa da Gestão Plena da Saúde:

Questionado sobre a crise, o prefeito defendeu o Sistema Único de Saúde (SUS) e o modelo de gestão plena da saúde, argumentando que este está previsto em lei federal e visa descentralizar a gestão da saúde pública, considerando que as necessidades de saúde se manifestam nas cidades. Para Ferreira, a gestão plena representa o que há de mais moderno em gestão da saúde e é o melhor modelo para a população local. "Não podemos promover experimentos com a saúde, temos que ter responsabilidade, o que precisa ficar claro é que cada ente, União, Estado e Município, tem que fazer cada qual a sua parte. Por isso, gestão dupla é conversa fiada", analisou o prefeito.

Críticas à Gestão Dupla:

Segundo o gestor, municípios de maior porte, como Rondonópolis, têm o dever constitucional de adotar a gestão plena da saúde, em consonância com o funcionamento do SUS. Ele argumenta que a defesa da gestão dupla implica uma crítica ao modelo proposto pelo SUS. "Conforme Cláudio Ferreira, quem defende gestão dupla na saúde em Rondonópolis diz, em outras palavras, que o modelo de funcionamento do SUS também está errado." Nesse sentido, o prefeito considera esse debate "inapropriado e infundado", afirmando que a legislação federal determina que municípios de maior porte devem assumir a gestão plena da saúde.

Histórico de Investimentos e Cobranças:

O prefeito lembrou que a Santa Casa tem desempenhado um papel crucial na saúde de Rondonópolis devido à falta de investimentos em novos hospitais por parte dos entes responsáveis ao longo das décadas. Ele citou o Hospital Regional, inaugurado em 2002 com um projeto da década de 80, que rapidamente se tornou obsoleto. Ferreira também mencionou sua atuação como deputado estadual, afirmando ter sido o parlamentar com base na cidade que mais destinou recursos para a saúde de Rondonópolis. Ele aproveitou para questionar a atuação de outros parlamentares em relação ao envio de emendas para a saúde local.

Posicionamento Oficial Mediante Notificação:

Por fim, Cláudio Ferreira esclareceu que está acompanhando a crise da Santa Casa pela imprensa e que, até o momento, não recebeu nenhuma notificação oficial sobre o caso, seja da instituição, dos órgãos de controle ou do Estado. "O Município pode se manifestar oficialmente sobre a questão da Santa Casa se for oficiado, quer seja pela instituição, pelos órgãos de controle ou pelo estado", explicou. O prefeito reiterou o compromisso de sua gestão com os pagamentos em dia e finalizou: "a nossa gestão não atrasa repasses, paga rigorosamente em dia. Nós não fazemos politicagem, fazemos gestão!".

Relevância:

A declaração do prefeito Cláudio Ferreira busca tranquilizar a população de Rondonópolis em relação ao papel da prefeitura na crise da Santa Casa, garantindo que os repasses financeiros estão sendo realizados conforme o previsto. Sua defesa da gestão plena da saúde e as críticas ao modelo de gestão dupla abrem um debate sobre a responsabilidade e a melhor forma de gerir a saúde pública no município, especialmente diante das dificuldades enfrentadas pela principal instituição hospitalar da região.


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