
POLÍTICA
Mesmo sem estudo econômico, a Deputada Erika Hilton protocola a PEC 6x1 no Brasil
Proposta precisa de 308 votos para ser aprovada e enfrenta resistência de setores produtivos
A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) protocolou, nesta terça-feira (25), na Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa acabar com a escala de trabalho 6x1. A parlamentar também anunciou uma paralisação nacional no dia 2 de maio para pressionar pela aprovação da proposta.
O que propõe a PEC?
A PEC pretende alterar a Constituição Federal para proibir a escala de trabalho 6x1, que exige que os trabalhadores cumpram seis dias de trabalho para ter um dia de descanso. Para tramitar, a proposta precisava de 171 assinaturas de deputados, mas Erika Hilton conseguiu 234 apoios, superando a meta inicial.
No entanto, para ser aprovada, a PEC precisa de 308 votos (2/3 dos 513 deputados), o que exigirá uma ampla articulação política. A deputada já conta com o apoio do líder do governo, José Guimarães, que prometeu conversar com os colegas para garantir o avanço da proposta.
Resistência e desafios
A proposta enfrenta resistência de parlamentares ligados a setores como comércio, serviços e empreendedores. Eles argumentam que o fim da escala 6x1 aumentará os custos operacionais, podendo gerar inflação e desemprego.
Apesar dos desafios, Erika Hilton mantém o otimismo e busca ampliar o apoio à PEC. Ela ainda não conversou com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mas pretende agendar uma reunião com o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), responsável por definir a pauta de votações na Casa.
Próximos passos
Após o Carnaval, a deputada intensificará as articulações para garantir o avanço da proposta. O PSOL espera contar com o apoio do Planalto e de outras bancadas progressistas. Enquanto isso, a mobilização nas ruas e a pressão popular serão fundamentais para sensibilizar os parlamentares.
A PEC do fim da escala 6x1 representa uma mudança significativa nas relações de trabalho no Brasil, com o potencial de beneficiar milhões de trabalhadores. O desfecho dessa batalha política será acompanhado de perto por sindicatos, movimentos sociais e a sociedade em geral.
Fonte: Câmara dos Deputados
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