LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Justiça Condena Humorista Léo Lins a Mais de Oito Anos de Prisão por Show de Stand-Up de 2022
Decisão da Justiça Federal de São Paulo gera forte debate sobre os limites do humor no Brasil, com parlamentares e figuras públicas criticando a sentença como um ataque à liberdade artística

O humorista Léo Lins foi condenado nesta quarta-feira (4), pela Justiça Federal de São Paulo, a 8 anos e 3 meses de prisão em regime inicialmente fechado. A sentença refere-se a um show de stand-up realizado em 2022, cuja apresentação havia sido publicada no YouTube e removida por ordem judicial em 2023. A decisão gerou forte repercussão entre defensores da liberdade de expressão e acendeu o alerta sobre os limites do humor no Brasil atual.
Léo Lins é conhecido por seu estilo ácido e por abordar temas considerados politicamente incorretos em seus espetáculos, o que constantemente o coloca no centro de polêmicas. A sentença, que causou perplexidade entre apoiadores e críticos, ocorre em um momento em que cresce o debate sobre censura e perseguição ideológica no país, especialmente contra artistas e comunicadores percebidos como alinhados à direita ou fora do discurso dominante.
Reações e Percepção de Perseguição
Nas redes sociais, parlamentares e figuras públicas já classificam a decisão como um abuso de poder judicial e um ataque direto à liberdade artística. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que o caso representa “mais um passo do Estado brasileiro rumo à ditadura do pensamento único”.
“Não se trata de defender piadas, mas de defender o direito de alguém falar sem ser preso. Se Léo Lins pode ser condenado por uma apresentação de comédia, qualquer um de nós pode ser calado amanhã”, escreveu Nikolas em suas redes.
A condenação de Léo Lins reforça a percepção crescente de que há dois pesos e duas medidas na aplicação da lei no Brasil. Há um sentimento de que, enquanto alguns humoristas podem fazer falas ofensivas e preconceituosas sem grandes consequências, artistas como Léo Lins enfrentam a criminalização de seu trabalho por desafiar o politicamente correto.
O caso deve ser levado a instâncias superiores, e há expectativa de apoio internacional em defesa da liberdade de expressão, inclusive de entidades de direitos civis e organizações de humoristas.
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