• Technologia  •  24/08/2024  •  um ano atrás

Equipe do Google DeepMind assina carta contra uso militar de IA da companhia

A informação foi revelada pela revista TIME

Equipe do Google DeepMind assina carta contra uso militar de IA da companhia

Quase 200 funcionários do Google DeepMind, divisão de pesquisa em inteligência artificial da empresa, assinaram uma carta solicitando que a companhia encerre seus contratos com organizações militares. A informação foi revelada pela revista TIME, que teve acesso ao documento e ouviu fontes próximas ao caso.

A carta, datada de 16 de maio deste ano, expressa preocupação com o uso da tecnologia de IA desenvolvida pelo DeepMind em operações militares, o que, segundo os signatários, contraria os princípios de ética e responsabilidade da empresa.

O documento não cita diretamente nenhuma organização militar específica, mas faz referência a reportagens que destacam a colaboração do Google com o Ministério da Defesa de Israel, sob o projeto Nimbus.

Princípios de IA e uso militar
Os funcionários destacam que essa colaboração pode violar os próprios princípios de IA do Google, que incluem o compromisso de não desenvolver aplicações de IA que possam causar danos significativos ou contribuir para o desenvolvimento de armas e tecnologias destinadas a vigilância.

A carta também exige que a liderança do DeepMind investigue se fabricantes de armas estão utilizando os serviços de computação em nuvem do Google e que impeça o uso da tecnologia da divisão por clientes militares no futuro.

Os cerca de 200 funcionários que assinaram o documento representam aproximadamente 5% do total de colaboradores do Google DeepMind.

Três meses após a circulação da carta, fontes informaram que nenhuma ação significativa foi tomada pela empresa. “Não recebemos nenhuma resposta significativa da liderança”, disse uma das fontes à TIME, “e estamos ficando cada vez mais frustrados”.

Em resposta à revista TIME, um porta-voz do Google afirmou que a empresa segue seus princípios de IA ao desenvolver e disponibilizar tecnologias para clientes. Sobre o contrato do Nimbus, a empresa afirma que ele “não está relacionado a questões militares envolvendo armas ou serviços de inteligência”.

Segundo os signatários da carta, a resposta do Google é “especificamente inespecífica” e “não nega as alegações de que sua tecnologia possibilita formas de violência ou de vigilância que violam normas internacionalmente aceitas”.

 

Fonte: TIME


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