Crise na Nissan se agrava e marca deve fechar mais uma fábrica na China

A situação da Nissan não parece melhorar. Após o fracasso da fusão com a Honda e a renúncia de seu CEO, a montadora japonesa continua lutando contra uma dívida crescente. Agora, a crise se agrava com a notícia de que a empresa estaria se preparando para fechar sua fábrica em Wuhan, na China, após uma paralisação na produção dos modelos Ariya e X-Trail. Essa notícia chega em um momento delicado, poucos dias depois da Nissan anunciar a expectativa de seu pior prejuízo da história.

A informação sobre o possível fechamento da unidade de Wuhan foi divulgada por uma agência de notícias chinesa. Desde o início de suas operações em 2022, a fábrica atingiu uma produção anual de apenas 10.000 unidades, um número alarmante considerando sua capacidade de produção de até 300.000 veículos por ano.

De acordo com a Reuters, a forte concorrência das montadoras chinesas tem sido um fator crucial para o baixo desempenho da Nissan na China. Para piorar o cenário, essa não é a única fábrica da empresa sob pressão no país. No ano passado, a Nissan já havia fechado sua unidade em Changzou devido ao aumento das vendas de carros elétricos chineses e à baixa demanda por veículos importados. Essa fábrica, operada em parceria com a Dongfeng desde 2020, possuía uma capacidade de produção de 130.000 veículos por ano.

As perspectivas financeiras da Nissan são sombrias. A empresa anunciou que espera registrar um prejuízo líquido entre US$ 4,91 bilhões e US$ 5,26 bilhões neste ano, um valor significativamente maior que a previsão inicial de US$ 560 milhões.

Em busca de uma reestruturação, a Nissan já anunciou a demissão de mais 9.000 funcionários e o fechamento de fábricas em diversas partes do mundo, além da simplificação de sua linha de modelos. A grande esperança da montadora reside em uma possível parceria com a Foxconn, gigante taiwanesa do setor de tecnologia que também possui acordos com a Apple para a fabricação e montagem de iPhones. O futuro da Nissan na China e globalmente deve se desenrolar nos próximos meses, mas a empresa enfrenta um desafio considerável para superar a crise atual.

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