• Esportes  •  29/04/2025  •  3 dias atrás
CBF sofre debandada de patrocinadores às vésperas da Copa
Lucas Figueiredo/CBF/Direitos Reservados

CRISE COMERCIAL

CBF sofre debandada de patrocinadores às vésperas da Copa

Seleção brasileira vê número de marcas despencar de 16 para 5; denúncias de corrupção e má gestão afastam empresas

FUGA DE PATROCINADORES
Nos últimos meses, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enfrentou uma verdadeira debandada no setor comercial: quatro grandes empresas encerraram seus contratos de patrocínio com a Seleção Brasileira. São elas: GOL Linhas Aéreas, Mastercard, Pague Menos e TCL Semp.

Com essas saídas, o número de patrocinadores da seleção despencou de 16 em 2022 para apenas 5 em 2024 — uma queda de mais de 68% em apenas dois anos. Atualmente, restam apenas Nike, Itaú, Ambev, Vivo e Cimed como apoiadoras da marca Seleção Brasileira.


ESCÂNDALOS E VAZIOS NA GESTÃO
A debandada ocorre em meio a um contexto de fortes denúncias de corrupção dentro da CBF, reveladas por reportagens da Revista Piauí. Nenhuma das marcas que deixou a entidade quis comentar se sua saída tem relação direta com os escândalos, mas o timing levanta suspeitas inevitáveis.

Para agravar a situação, a CBF anunciou no início de abril que Lênin Franco deixou o cargo de diretor comercial e de marketing, função crucial nas negociações com patrocinadores. Desde então, o cargo permanece vago, o que evidencia um cenário de instabilidade interna e desorganização.


A APOSTA EM "EXCLUSIVIDADE"
Na tentativa de disfarçar a fuga de marcas, a CBF adotou um discurso de que pretende “reposicionar a seleção como produto premium”, apostando em um número mais enxuto de patrocinadores para supostamente aumentar o valor das cotas. No entanto, fontes de mercado apontam que essa narrativa serve apenas para mascarar a dificuldade em manter grandes contratos.


NÚMEROS QUE AINDA SUSTENTAM A CASA
Apesar da crise, alguns contratos robustos continuam dando fôlego financeiro à entidade:

  • A Nike renovou até 2038, com um acordo avaliado em impressionantes US$ 1,2 bilhão (aproximadamente R$ 6 bilhões) — o maior patrocínio da história da CBF.

  • O Itaú Unibanco também renovou até 2026, em um investimento superior a R$ 300 milhões.

  • A Cimed, empresa do setor farmacêutico, entrou recentemente no rol de patrocinadores, sem valores oficialmente divulgados, mas com forte ativação de marca.


IMAGEM EM XEQUE ANTES DA COPA
A menos de um ano da Copa do Mundo de 2026, a Seleção Brasileira se vê em um cenário inédito: com menos marcas, mais críticas e uma gestão questionada. A CBF tenta apagar incêndios enquanto lida com denúncias públicas, esvaziamento comercial e desconfiança generalizada.

O desafio agora é reconstruir a credibilidade e evitar que mais empresas abandonem o barco — ou que a imagem da seleção, uma das mais vitoriosas do planeta, se transforme em um ativo tóxico no mercado publicitário.


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