VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Brasil bate recorde de feminicídios em 2024, com quatro mulheres mortas por dia
Novo Anuário de Segurança Pública aponta que 1.492 mulheres foram vítimas; violência de gênero cresce na contramão da queda de homicídios em geral no país

Da Redação
A violência contra a mulher atingiu um novo e trágico recorde no Brasil. Em 2024, o país registrou 1.492 casos de feminicídio, o número mais alto desde que o crime foi tipificado em lei, em 2015. Os dados, que fazem parte do novo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, foram divulgados nesta quinta-feira (24) e revelam uma média de quatro mulheres assassinadas por dia por razões de gênero.
O que torna o dado ainda mais alarmante é que ele vai na contramão da tendência geral de criminalidade. Enquanto as mortes violentas em geral caíram 5,4% no país, os feminicídios continuaram a subir, mostrando que a violência de gênero tem uma dinâmica própria e persistente.
O Perfil da Violência
O estudo traça um perfil claro tanto das vítimas quanto das circunstâncias do crime. A maioria das mulheres assassinadas eram negras (63,6%) e tinham entre 18 e 44 anos. O levantamento também aponta um aumento alarmante de casos entre adolescentes (alta de 30,7%) e idosas (alta de 20,7%).
A violência ocorre predominantemente dentro de casa: 64,3% dos crimes aconteceram na residência da vítima. Em quase 80% dos casos, o autor do crime foi o companheiro (60,7%) ou o ex-companheiro (19,1%) da mulher.
Legislação Mais Dura, mas Prevenção é Chave
Apesar de uma nova lei em 2024 ter tornado o feminicídio um crime autônomo com penas mais severas (de 20 a 40 anos), o estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública alerta que o foco apenas no aumento da punição não é suficiente. O relatório destaca a importância de investir em políticas de prevenção para quebrar o ciclo de violência antes que ele chegue ao seu desfecho fatal.
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