
OPERAÇÃO POLICIAL
Adolescente de MT é Alvo de Operação por Ameaça de Ataque a Bomba em Show de Lady Gaga
Operação "Fake Monster" cumpriu mandados em quatro estados contra grupo que disseminava ódio e planejava ataques com explosivos
Um adolescente de 15 anos em Campo Novo do Parecis (MT), a 397 km de Cuiabá, foi um dos alvos da "Operação Fake Monster", deflagrada neste sábado (3) em Mato Grosso, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Ele é suspeito de integrar um grupo que disseminava discursos de ódio online, tendo como alvos principais crianças, adolescentes e pessoas LGBTQIA+.
A operação teve início após a Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça e Segurança Pública identificarem, nas redes sociais, uma ameaça de ataque com bomba durante o show da cantora Lady Gaga na praia de Copacabana.
As investigações apontam que o grupo planejava utilizar explosivos improvisados, como coquetéis molotov, e promovia a radicalização de adolescentes, a disseminação de discursos de ódio, automutilação, pedofilia e a distribuição de conteúdo violento nas redes sociais. O nome da operação, "Fake Monster", faz referência à forma como os fãs de Lady Gaga se identificam.
Em Campo Novo do Parecis, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão na residência do adolescente, onde foram apreendidos um celular e um computador. Esses equipamentos eletrônicos serão encaminhados à Delegacia da Polícia Civil do Rio de Janeiro para análise.
Ao todo, nove pessoas foram alvo de mandados de busca e apreensão na operação, distribuídos entre Campo Novo do Parecis (MT), Rio de Janeiro, Niterói e Duque de Caxias (RJ), São Sebastião do Caí (RS), e Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista (SP).
Além da ação em Mato Grosso, um homem foi preso no Rio Grande do Sul por porte ilegal de arma, e um adolescente foi apreendido no Rio de Janeiro por armazenar pornografia infantil.
Segundo as investigações, o plano de ataque era tratado como um "desafio de rede social", e os envolvidos estavam recrutando participantes, incluindo adolescentes, para promover os ataques.
A operação contou com a participação de policiais civis da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da 19ª DP (Tijuca), e do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
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